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Artigos Publicados na Mídia

VOU CORRER. VOLTO JÁ. TE AMO MUITO!

 

Conseguir ser pai é uma dádiva. É indescritível. Algo sem adjetivos. Nenhuma palavra consegue explicar. Colocar um ser humano neste mundo, cuidar, orientar, ser modelo, ser a referência àquela criança é muito, muito estimulador. Mudam nossa vida e nossos objetivos. Acompanhar as transformações daquele bebê é extremamente motivador. Ele veio porque eu quis. Ele está aqui porque eu quis. Portanto, farei o meu melhor por ele, para encaminhá-lo ao mundo em que vivemos. Existem vários tipos de pai: os presentes, os ausentes, os carinhosos, os frios, os vaidosos, os empresários, os sindicalistas, os indiferentes, os sonhadores, os calculistas, os emotivos, os explosivos, os dóceis, os rudes, os grosseiros, os ricos, os pobres, os trabalhadores, os acomodados, os negros, os brancos, os gordos, os magros, os baixos, os altos, os agitados, os calmos, os americanos, os asiáticos, os europeus, os orientais, etc. Mas só um é útil: aquele que realmente, de forma incondicional, ama o filho e o educa. Pode ter qualquer uma das características anteriores, mas deixar de amá-lo, jamais! Dê o bom exemplo e colha frutos saborosos, prazerosos, verdadeiros, sinceros, eternos.

Recentemente, numa dessas fatalidades cruéis da vida, um engenheiro atravessando de bike a nova ciclovia do Rio de Janeiro, perdeu a vida quando a pista em que estava desabou no mar forte e aquele pai perfeito, cheio de boas qualidades (guerreiro, responsável, atleta) deixou um filho com 15 anos de idade. Muita tristeza para o filho que ficou. Deixou de ter aquele pai maravilhoso presente na rotina dele. Porém, tristeza maior é a nossa, pais como aquele que vimos partir, saber que não vai mais estar com o filho. Tristeza imensa! Aquele pai não mais vai acompanhá-lo no basquete, no futebol, nos finais-de-semana, na encantadora passagem da adolescência para a vida adulta, nos estudos, levá-lo e buscá-lo de madrugada nas festas nas casas dos amigos, nas "baladas", ouvir sobre as "ficadas" do filho com as meninas, a primeira namorada, curtir a vida com ele, viajar, conversar e aprender com aquele filho. Sim, a rapaziada nos ensina muito, nos faz ficar mais jovens, com mais alegria, e vivendo com eles, nós, pais, voltamos a sonhar com o futuro. Por outro lado, para um equilíbrio educacional e de formação perfeitos, a presença da mãe e do pai são fundamentais para o sucesso da vida deste garoto. Alertá-lo sobre os perigos, ficar atento aos convites danosos, despertar nele a sensação do perigo, observar atentamente fatos e situações e fazer as escolhas dele. Viver a vida que é dele. Gostar ou odiar de matemática, português, ciências, química, física, biologia, redação e quando acabar a puberdade, encerrar o ensino médio e escolher a carreira. Participar de tudo isso é uma delícia. É viver a paternidade integralmente, é participar, é deixar seu filho escolher a vida que ele quiser pra si. É a liberdade! Apenas sugerimos e celebramos os resultados, bons ou ruins, de acordo com nossas orientações e suas escolhas. Viver isso tudo com o filho é maravilhoso, é estimulante. Prestar vestibulares, viajar com ele nesta fase, dormir em vários lugares, em tantas cidades, levantar-lhe a cabeça quando não foi bem numa prova, mostrar-lhe que o melhor ainda está por vir. Fazê-lo crer que o futuro está exposto à frente. E, no ápice da formação profissional, participar da formatura. Que lindo! É a paternidade responsável. E eis que, inesperadamente, sem nenhum planejamento, vem uma onda e derruba tudo isto. Não queremos aqui encontrar culpados à tragédia, mas lamentar, profunda e emocionadamente, os momentos que serão perdidos por aquele pai ... que foi dar uma corridinha, que vai voltar logo e que amará aquele filho, eternamente, onde quer que ele esteja!

Dr Luiz Lima

Antônio Roberto Amaral

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